Pode me chamar de Leili. Viajar, comer e fotografar são três das minhas grandes paixões, mas arrisco dizer que cozinhar é a principal. Sou de família mineira, cheia de bons cozinheiros e acabei seguindo o mesmo caminho. Cresci à beira dos fogões, na barra da saia da minha mãe e das minhas avós, sempre buscando entender essa alquimia fascinante. Para mim, a cozinha é o coração da casa. É onde a minha família mineira sempre gostou de se reunir pra papear, contar causos, tomar um cafezinho, cozinhar e comer juntos.
A primeira receita que aprendi a fazer foi bolo, e não parei mais. No começo, foi o básico arroz com feijão e as receitas de família. Na época da faculdade, foram as receitas simples, baratas, nutritivas e de bom rendimento. E depois veio a descoberta de técnicas, ingredientes, culinárias regionais e internacionais…. Ah como eu amo tudo isso! É um aprendizado que não tem fim. Ainda que minha carreira em Gestão de Processos não tenha relação direta com a culinária, o perfil organizado e metódico que a profissão exige é uma habilidade muito bem vinda na hora de cozinhar e escrever receitas.
A curiosidade é meu principal combustível quando falamos de comida: experimentar novos ingredientes, conhecer restaurante e cafés, testar receitas, misturar referências… Para mim cozinhar é uma grande brincadeira – às vezes a receita dá errado, mas a gente se diverte. Quando estou cozinhando é o momento em que fluo naturalmente, sem pensar, sem me preocupar com coisas externas. É uma espécie de meditação. E a recompensa é sempre maravilhosa: não há nada mais gratificante do que ver alguém comendo da minha comida com aquele semblante de satisfação. Esse é meu jeito de amar, agradar e demonstrar afeto.